Em seminário, governador Claudio Castro ressaltou que o estado é responsável por 89% da produção de petróleo e 76% de gás natural no país. (Foto: Carlos Magno)
A Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro (Seenemar-RJ) promoveu, nesta quinta-feira (10), o seminário “A Força do Petróleo do Rio de Janeiro – Um Gigante Energético”, no Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca. O evento, que contou com a participação do governador Cláudio Castro e de outras autoridades, reuniu especialistas do setor para debater as perspectivas e desafios da matriz energética fluminense. A iniciativa teve o apoio institucional da Rede Criativa, entidade sem fins lucrativos que atua na área de estudos e pesquisas.
Com investimentos previstos superiores a US$85 bilhões (aproximadamente R$510 bilhões) até 2030, o Estado do Rio de Janeiro se firma como um dos maiores polos da indústria petrolífera global. Atualmente, o Rio é responsável por 89% da produção nacional de petróleo e 76% da de gás natural. A expectativa é que o setor gere mais de 70 mil empregos no período.
Durante a abertura do seminário, o governador Cláudio Castro defendeu uma revisão do pacto federativo para a redistribuição dos royalties do petróleo, destacando o papel estratégico do Estado. “Os números mostram que o Rio de Janeiro é a capital energética do Brasil, é o local mais importante desse setor. Eu falo sempre que o Rio de Janeiro é mais importante para o Brasil energeticamente do que o Texas para os Estados Unidos”, afirmou.
O secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Cássio Coelho, reforçou a importância do setor para o desenvolvimento do Estado. “É fundamental unirmos forças — governo, setor privado e sociedade — para impulsionar o desenvolvimento do Rio de Janeiro. O petróleo e o gás seguem sendo pilares da nossa economia, mas é olhando também para as energias renováveis que construiremos um futuro energético mais diversificado, resiliente e justo para todos”, declarou o secretário da Seenemar.
Se fosse um país, o Rio de Janeiro ocuparia a décima posição entre os maiores produtores de petróleo do mundo. Em 2024, segundo a Secretaria de Fazenda do Estado, petróleo e gás responderam por mais de 90% das exportações fluminenses, movimentando cerca de R$ 41,72 bilhões. Além disso, o Estado se destaca como o maior produtor de biogás e biometano do país.
O seminário também abordou iniciativas de transição energética, como o Corredor Sustentável — que já conta com 14 postos para abastecimento de veículos pesados com gás natural e biometano — e o projeto-piloto de mobilidade sustentável, que utiliza ônibus movidos a gás natural e biometano, reduzindo em até 20% as emissões de CO2.
Na visão do deputado federal Júlio Lopes, o evento reforça o papel estratégico do Rio de Janeiro na matriz energética nacional. “É sempre bom lembrar que o Rio de Janeiro é um gigante energético. Esse seminário tem exatamente o condão de lembrar ao Brasil que o Rio de Janeiro é o estado que mais contribui com a energia do país. São 85% do petróleo e 95% do gás. Nós somos o Texas do Brasil e não temos tido federativamente o tratamento que merecemos, nós mandamos mais de R$429 bilhões de royalties ao país e não recebemos um retorno correspondente. Eu acho que só o fato de estar lembrando isso, só o fato de estar falando isso é da maior importância, mas o seminário vai muito além, ele coloca as enormes perspectivas que o Rio de Janeiro tem no desenvolvimento da sua indústria de petróleo, afina essas relações e permite o debate, sempre esclarecedor, elucidativo sobre as melhores maneiras de se aproveitar a grande riqueza do óleo, do petróleo e do gás, da energia do Brasil”, ressaltou o deputado federal Júlio Lopes.
Outro ponto de destaque da programação do seminário foi o painel “Empregos Azuis – Um Mar de Oportunidades”, que teve a participação do superintendente de Portos, Terminais e Assuntos Nucleares da Seenemar, João Leal. Na ocasião, foram anunciadas pelo menos 2 mil bolsas do Senai e 100 da Unisuam para formação de profissionais na chamada economia do mar. “Fico muito feliz com o acerto da Secretaria em fazer um evento dedicado ao petróleo, ao gás, que é o derivativo do petróleo, que é o principal vetor econômico do Estado. O petróleo e o gás, onde somos os maiores produtores do país, empregam milhares de pessoas e contribuem para a nossa arrecadação, para que nós financiemos a saúde, a educação e a segurança. Fiquei muito feliz de participar do painel “Empregos Azuis – Um Mar de Oportunidades”, que eu tive o privilégio de poder idealizar, junto com o secretário Cássio. Hoje anunciamos, e até quero agradecer ao presidente Caetano, ao menos 2 mil bolsas do SENAI, e mais 100 bolsas da Unisuam. A Abespetro vai nos apoiar para que nós tenhamos a exatidão para que empreguemos, qualifiquemos e, após, empreguemos essas pessoas. É a Seenamar transformando o Estado do Rio de Janeiro através da economia do mar”, destacou o Superientende de Portos, Terminais e Assuntos Nucleares da Seenemar, João Leal.
Com uma programação ampla, transmitida ao vivo pelo canal @EnergiaeEconomiadoMar no YouTube, o seminário abordou temas como novos investimentos na Bacia de Campos, regulação do setor, perspectivas para as micro e pequenas empresas, além da importância dos royalties para o desenvolvimento do Rio de Janeiro.
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