O Aeroporto de Maricá (SBMI), administrado pela Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá), se inscreveu na 4ª edição do programa Aeroportos Sustentáveis da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que premia, desde 2019, práticas sustentáveis no setor aéreo e também busca dar visibilidade às ações positivas já implementadas nos aeroportos do país.
Ao todo, são 26 critérios, divididos nas gestões: organizacional, energia elétrica, hídrica, resíduos, mudança climática, qualidade do ar local e ruído aeronáutico.
Essa é a segunda vez que o SBMI busca o selo de Aeroporto Sustentável. No programa, o Aeroporto de Maricá faz parte da Classe I com até 200 mil passageiros por ano. A diretora de Operações do Aeroporto de Maricá, Marta Magge, explica que o Aeroporto de Maricá, no Leste Fluminense, tem uma série de ações sustentáveis que contribuem para a natureza e que se encaixariam nos critérios para adquirir o selo.
Segundo ela, conseguindo o selo de Aeroportos Sustentáveis, o SBMI vai ganhar uma categoria a mais, um benefício que vem a favor de atrair novos investidores e negócios.
“A demanda, hoje para 2030, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), é justamente essa: ter práticas sustentáveis para elevar o negócio e atrair investidores que tenham a mesma prática que você. A vinda da diretoria de Economia Criativa e Sustentabilidade aqui para Codemar só enriqueceu, porque eles estão fazendo a parte que, até então, o Aeroporto fazia sozinho, mitigando, avaliando, não apenas o SBMI, como os demais projetos da Codemar. Então, este ano temos chances de entrar no ranking de cerca de 60 aeroportos sustentáveis da Anac, de todas as categorias, seja comercial, executiva ou offshore”, afirma Magge.
O segurança aeroportuário Guilherme Duarte Miguel explica que o Aeroporto de Maricá, que já contava com diversas práticas sustentáveis, criou em 2022 outras ações no local, como a gestão de resíduos, com a coleta seletiva de óleo e de lixo eletrônico, além de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, com o carrinho elétrico dos fiscais de pista e de pátio. Eles auxiliam na remoção de bagagem, no transporte de passageiros e de pessoas que precisam adentrar a pista, sem emissão de poluentes.
“Nós entramos no circuito em 2022 com inscrições referentes ao ano de 2021, mas não nos classificamos por pouco. Para este ano, estamos confiantes porque aumentamos ainda mais a nossa responsabilidade sustentável com novas medidas no Aeroporto de Maricá. O selo da Anac busca isso, que os espaços de transportes aéreos tenham o máximo de medidas de sustentabilidade. Além de ser bom para o meio ambiente, ajuda a aumentar os horizontes do SBMI, já que muitas empresas buscam isso nos seus parceiros”, garante Guilherme.
Para o superintendente de Sustentabilidade da Diretoria de Economia Criativa e Sustentabilidade, Ruan Azevedo, as ações sustentáveis do Aeroporto de Maricá ajudam a tornar a sustentabilidade acessível aos colaboradores, tornando parte do dia a dia deles e de quem visita o local. Segundo Ruan, o Selo de Aeroporto Sustentável da Anac ajuda a corroborar as iniciativas do SBMI.
“Esse selo é importante para agregar um valor comercial ainda maior para o Aeroporto. Essa certificação chancela a qualidade do SBMI. Hoje, na área comercial, nós temos grandes demandas por serviços e consumo, porém boa parte delas está atrelada às políticas de sustentabilidade de empresas. Com o selo de Aeroportos Sustentáveis, nós abrimos um leque e podemos atender empresas que nos procuram devido ao selo. Agrega um valor enorme ao nome Codemar e, consequentemente, a Maricá”, afirma Ruan.
No primeiro critério de Gestão Organizacional, compreende, entre outras avaliações, a política ambiental e a comunicação com autoridades locais. O segurança aeroportuário explica que o SBMI cumpre esses requisitos, uma vez que na política ambiental, estão realizando o manejo da fauna, com uma equipe especializada, além da reutilização das águas das chuvas, o descarte verde da grama cortada no Aeroporto, entre outras medidas. Já na parte de comunicação das autoridades locais, o SMBI conta com o Plano de Emergência em Aeródromo (Plem), que é o contato direto com os órgãos responsáveis por cada setor.
“Caso haja algum imprevisto dentro do aeroporto e nós precisarmos entrar em contato com a Polícia Federal, por exemplo, temos um contato direto. Se uma aeronave chegar com algo dentro, nós temos contato direto com a Polícia Militar, não é pelo 190. Também temos contato direto com o destacamento do Corpo de Bombeiros de Maricá, não pelo 193, porque nós conseguimos acionar diretamente. E por aí vai”, afirma Guilherme.
O Aeroporto de Maricá conta com ações de energia elétrica sustentável, como a utilização das telhas de fibra translúcida, adotada em todos os hangares. Segundo Guilherme, com isso há a economia de energia elétrica, já que eles conseguem hangarar as aeronaves sem precisar de nenhum auxílio de iluminação artificial, apenas a natural, solar, que é uma energia limpa.
“Nós possuímos também alguns painéis solares já sendo utilizados e com um projeto para aumentarmos a atuação desses painéis em todo o aeroporto. Também há um projeto da Codemar de uma Usina Fotovoltaica, que vai atender não só o SBMI, mas também a cidade de Maricá”, adianta.
O Terminal de Passageiros (TPS) do Aeroporto de Maricá é todo construído com vidro. Dessa forma, não é necessário, durante o dia, utilização de lâmpadas de nenhum tipo, auxiliando na eliminação de energia elétrica. Além disso, as lâmpadas do estacionamento do Aeroporto são de LED, que são mais econômicas no consumo de eletricidade.
Já no critério da gestão hídrica, o SBMI utiliza a água de reuso das chuvas – o líquido é captado por calhas, localizadas em cima dos hangares, que levam a água até dois reservatórios com capacidade de 20 mil litros. O sistema funciona reaproveitando a água da chuva nos hangares dois e três, locados para a empresa Omni táxi aéreo. Também existe a gestão hídrica da água condensada do ar condicionado, que é levada também para os reservatórios.
A água é reutilizada nas funções em que são utilizadas água não potável, dentro dos hangares, como em mangueiras, torneiras e descarga de sanitários, até a lavagem do próprio hangar ou das aeronaves. “Essa é uma das partes mais difíceis de serem atendidas no critério da Anac e hoje a gente atende”, celebra Guilherme.
A segregação de resíduos também é feita no Aeroporto de Maricá. Todas as salas dentro do Aeroporto possuem coletores com três partes para atender a coleta de resíduos recicláveis, tanto de lixo úmido quanto de lixo seco.
“Nós conseguimos remanejar esse material. Temos um contrato com uma cooperativa que recebe todo o material reciclável do SBMI, gerando renda porque o que nós vemos como resíduo é sustento para outras pessoas”, afirma o segurança aeroportuário.
A equipe de rádio do Aeroporto de Maricá consegue atender e evitar os possíveis danos causados pela interferência da natureza. Entretanto, no critério do selo de Aeroportos Sustentáveis é preciso mais, não só atender, mas também conseguir controlar de certa forma essas mudanças com informativos e estudos no plano de adaptação às mudanças climáticas.
“O Aeroporto de Maricá já dispõe desses estudos para saber quais os gases estão sendo emitidos para a nossa Camada de Ozônio, e as várias possibilidades climáticas de vários eventos futuramente. Também utilizamos carrinhos elétricos para os fiscais de pista e de pátio na remoção de bagagem, dos passageiros e demais pessoas que precisam adentrar à pista, sem a emissão de poluente”, analisa Guilherme.
A Codemar tem um projeto de plantio de árvores não frutíferas dentro do SBMI. Essa medida, além de melhorar a qualidade do ar local, também está dentro da gestão do ruído aeronáutico, uma vez que as árvores plantadas no entorno do aeroporto criam uma espécie de concha acústica para os moradores ao redor. O critério de gestão do ruído aeronáutico também abrange o ruído dos testes das turbinas das aeronaves.
“No Aeroporto de Maricá, esses testes são feitos em um local específico, no canto esquerdo do pátio de aeronaves, próximo ao Hangar 3, em direção à lagoa, com objetivo de não transmitir o ruído para a população local que fica afastada deste ponto”, finaliza Guilherme.
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