A deputada estadual Célia Jordão (PL) apresentou projeto de lei na Alerj que propõe dobrar o limite de parcelas para pagamento do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no Rio de Janeiro. Segundo a proposta apresentada na Alerj, o tributo poderá ser pago em até seis parcelas mensais. Hoje, o imposto só pode ser parcelado em até três parcelas, antes da data final prevista e de acordo com o último número da placa do veículo.
O deputado estadual Vitor Júnior (PDT) pediu ao governador para incluir representantes da Prefeitura de Niterói no grupo de trabalho que analisa uma solução para o sistema de barcas do transporte de passageiros na Baía de Guanabara. Para ele, é preciso encontrar logo uma forma de oferecer mais qualidade e reduzir o valor cobrado das passagens.
Em Niterói, para estimular o transporte aquaviário, a prefeitura já paga a passagem de ônibus municipais na integração com as barcas. O município pode entrar com subsídios para reduzir a tarifa das barcas, mas o serviço é uma concessão estadual.
Acusada pela oposição de “deslumbramento”, a primeira-dama Janja não se faz de rogada e exerce o poder de maneira inflexível, inclusive ao influenciar decisões de governo. De acordo com relato de petistas que já foram mais influentes, desde quando ela e o marido se deliciavam na suíte presidencial de um hotel de luxo de Brasília, madame controla tudo. Ela define até as pessoas que podem ter acesso ao presidente. O poder de Janja, queixam-se os petistas, tem afastado Lula da “companheirada”.
O poder de Janja limita o espaço de petistas que ela não gosta, como Gleisi Hoffmann. A dúvida é se faz tudo combinado com o marido.
Até hoje, quando está por perto, Janja é quem escolhe aqueles que terão o supremo privilégio de falar com Lula e ainda fixa o tempo da audiência.
O presidente Lula se finge de morto diante das denúncias graves contra seu ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do Maranhão de Flávio Dino (Justiça). Chamado na oposição de “Chave de Cadeia”, já foi denunciado por crimes como desvio de verba pública, abuso de poder, uso irregular de jato da FAB e agora responderá na Procuradoria Geral da República por tráfico de influência. Lula prometeu na campanha que denúncias assim seriam investigadas com rigor e sem demora.
O tempo é determinado segundo a relevância que ela atribui ao visitante, mas ninguém é autorizado a passar mais de cinco minutos com Lula.
“Ei, você, agora é sua vez”, aponta ela ao escolhido, em meio a fila de notáveis, incluindo ministros, conforme relato de dois deles a esta coluna.
O clã Bolsonaro está conversando com a advogada Karina Kufa. Há um entendimento que o entorno de Jair Bolsonaro precisa reforçar sua escolta na área jurídica. Além do escândalo das joias, há uma preocupação com o aumento dos processos no TSE. Ao todo, existem 17 ações na Alta Corte que podem resultar na inelegibilidade do ex-presidente. A apreensão maior é em torno dos atos antidemocráticos e eventual envolvimento de Bolsonaro. Hoje, os problemas jurídicos da família estão com o advogado Frederick Wassef. E Karina foi advogada do ex-presidente quando ele era deputado federal.
Pela primeira vez, depois de um evento em Orlando, do qual participou ao lado de sua mulher Michelle (ela foi lá combinar o que falar e quando sobre o escândalo das joias), Bolsonaro falou sobre o futuro político da ex-primeira-dama. Falou sobre sua possível inelegibilidade, mas deixou de lado a hipótese de Michelle substituí-lo em 2026. E aventou a possibilidade dela disputar uma cadeira no Senado. A propósito: Valdemar Costa Neto, dono do PL, já encomendou pesquisa para medir as chances de Michelle lá na frente.
A fixação de mandatos para ministros do STF divide opiniões de candidatos às vagas de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber na Alta Corte. Cristiano Zanin, favorito de Lula, defende o atual modelo em que os ministros permanecem até os 75 anos de idade. Pedro Serrano, do Prerrogativas, prefere maior rotatividade, refletindo a alternância do poder no país. E o próprio Lewandowski, que quer emplacar como seu sucessor Manoel Carlos Almeida Neto, considera que, depois de 8 de janeiro, qualquer mudança no Supremo poderia ser interpretada como um enfraquecimento da Alta Corte.
O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha criticou a comitiva do presidente Lula que deve ir à China na próxima semana. Lula deve levar cerca de 240 empresários, 20 deputados e sete senadores, além de ministros de estado e governadores. Os irmãos Wesley e Joesley Batista, empresários do grupo JBS, também devem compor o grupo.
Depois de vender em seus templos feijão, toalhas e prometer até a ressurreição o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus (ele deve R$ 10 milhões às TVs que exibem seu programa) acaba de lançar uma “água milagrosa que cura câncer, paralisia e males cardíacos, entre outras doenças”. A revista Forbes já disse que ele tem uma fortuna de R$ 1,4 bilhão. Teria quatro fazendas e seis mil cabeças de gado, tudo comprado com dinheiro dos fiéis. Detalhe: a “água milagrosa” é vendida em garrafas de vários tamanhos – e vários preços.
A coluna Capital Político é escrita por Sidnei Domingues, jornalista, advogado e apresentador de TV e Sérgio Braga, jornalista e colunista político.
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