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Coluna

Cerco se fecha para Chiquinho Brazão

O destaque da coluna desta semana são os próximos capítulos no processo de cassação do deputado Chiquinho Brazão

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25 de outubro de 2024
Cerco se fecha para Chiquinho Brazão
O deputado Chiquinho Brazão

Por Nelson Lopes

O presidente da Câmara, Arthur Lira, confirmou que a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão, preso por arquitetar o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018, será pautada na Casa até dezembro. Lira espera apenas o retorno do trabalho presencial, interrompido para o segundo turno das eleições, para convocar a sessão. Brazão nega participação no crime.

Para que o mandato seja cassado no plenário, são necessários ao menos 257 votos favoráveis dos deputados. A perda de mandato é considerada certa, caso seja pautada, já que há grande mobilização da base governista e dos partidos de centro em torno da morte de Marielle. Até mesmo por isso, Lira se recusava em submeter o tema a uma sessão virtual e fazia questão de que ocorresse presencialmente.


Eita, Jordy…

A Câmara dos Deputados reembolsou Carlos Jordy, que duela com Rodrigo Neves pela prefeitura de Niterói, neste domingo, por gastos com Uber para endereços conhecidos pelo “entretenimento adulto” de São Paulo. Em uma das notas, o destino foi uma “casa de diversão adulta” Scandallo Vip Lounge, no bairro da Aclimação, na região central. O parlamentar afirma que, apesar de as corridas terem sido feitas em seu nome, os deslocamentos foram realizados por um ex-assessor e os valores vão ser devolvidos.

“Solicitei um levantamento do ocorrido, no intuito de identificar o assessor e irei ressarcir os valores corrigidos aos cofres públicos. Em nosso gabinete, não temos compromisso com erros. Havendo falhas, verificamos e alertamos ainda mais para que não se repitam”, disse ele, em nota.

Então tá…


O melancólico adeus de Nilton Caldeira ao PL

Vice-prefeito do Rio e último fundador vivo do PL, partido de Jair Bolsonaro, Nilton Caldeira deixou o partido pela porta dos fundos nesta semana, após não ter sido eleito vereador na capital fluminense. E os bastidores disso passam por Brasília, já que a Executiva Nacional do partido não perdoou o “abandono” dele a Castro e a Bolsonaro. Caciques do PL se queixaram ao longo dos últimos anos da ausência de posicionamentos enfáticos de Caldeira sobre os ataques de Paes, de quem era vice, a Bolsonaro e Castro.

Apesar de correligionário dos bolsonaristas, Caldeira não se juntou a Bolsonaro enquanto as autoridades duelavam posições pela compra da vacina da Covid-19, tampouco esteve ao lado do governador, quando o mesmo se tornou vidraça de Paes nessas eleições. Sem prestígio, Caldeira perdeu a presidência do diretório municipal do PL no ano passado. Sem ser tratado como puxador de votos, Caldeira recebeu R$ 700 mil para sua campanha à Câmara dos Vereadores neste ano, às vésperas da eleição. Com votação irrisória, não conseguiu a vaga e ficará sem cargo público. Desfiliado do PL, o fundador do partido não receberá homenagens e as chances de um convite para ocupar um cargo simbólico são consideradas “remotas”.


Projeto relevante!

Fiel escudeiro do prefeito Eduardo Paes, o deputado federal Pedro Paulo protocolou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que propõe que as empresas de telefonia instalem bloqueadores de sinal nas unidades prisionais com mais de mil presos. A medida visa garantir a total falta de comunicação dos detentos com o lado de fora das cadeias e coibir famosos golpes como os falsos sequestros e cobranças de falsas taxas.

“É uma solução simples, amparada pela legislação já existente e que usa a inteligência prisional, de forma estratégica e pontual, para atingir os estabelecimentos onde estão os comandos do crime organizado no Brasil”, diz Pedro Paulo.


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