Federação de Futsal do Rio tem a chance da transformação no dia 14

30 de julho de 2000. Maracanãzinho abarrotado com mais de 17 mil pessoas apoiando o Vasco da Gama. Um dos melhores times da história do futsal era campeão da liga futsal com um time repleto de estrelas. O líder do esquadrão era Manoel Tobias. O Flamengo já tinha sido eliminado daquele campeonato, mas também contava com uma equipe excelente. Vinte e dois anos depois, a realidade do futsal carioca é bem diferente.

Criada em julho de 1954, a Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro (FFSERJ) é pioneira no Brasil e olha para trás com orgulho de conquistas e do protagonismo do passado, enquanto sofre com problemas no presente. Campeonatos adultos e juvenis enfraquecidos, clubes afastados das decisões e a grande mídia sem dar o devido valor ao esporte.

Qual a solução? Olhar para frente e desenhar um futuro que coloque o futsal carioca novamente em um lugar de destaque. No próximo dia 14 é a grande chance para a mudança. A FFSERJ realizará eleições para os cargos de presidente, vice-presidente, presidente da assembleia geral, bem como conselho fiscal da federação para o quadriênio 2022-2025.

Uma das chapas concorrentes tem os ex-atletas de futsal Octavio Bocão como cabeça de chapa e Marcello Barbosa como vice-presidente. Enquanto o primeiro acumula muita experiência no esporte o segundo atua há anos na gestão esportiva, tendo sido Subsecretário Municipal de Esportes do Rio de Janeiro em 2016. A chapa conta com o apoio de nomes importantes do futsal recente, como Falcão e Rodrigo, e craques do passado, como Trepinha, Mauro Bandit e Carlos Alberto.  

Em comum os dois têm a vontade de colocar o futsal do estado do Rio de Janeiro novamente em lugar de destaque e o caminho para isso: a recuperação da credibilidade e por consequência o aumento do potencial de arrecadação da federação.

“O primeiro grande desafio é a recuperação da credibilidade da federação de futsal. Há muitos anos que o futsal do Rio de janeiro não tem protagonismo e sofre muito. Não revela craques, não tem apoio e nem visibilidade, não tem transparência. A gente precisa mudar isso e vamos conseguir”, ressalta Marcello Barbosa.

“O mais importante neste desafio é a credibilidade, resgatar essa credibilidade. Nós temos um processo de evolução em termos de conceitos de planejamento e de propostas que serão sem dúvida pontos principais para que o futebol do Rio volte a ser gigante”, destaca Octávio Bocão.

O protagonismo do futsal

O futebol Society, mais conhecido através da modalidade FUT7, contribuiu para um distanciamento da comunidade dos salões dos clubes e quadras públicas, afinal a molecada troca rapidamente o tênis de futsal pela chuteira de campo. Mas o sucesso dos torneios infantis, que envolvem os clubes de maior investimento do Rio, com arquibancadas cheias, mostra o real valor que esse esporte merece.

“O Rio de Janeiro já foi o berço do futsal brasileiro. Já revelou grandes atletas. Já foi base da seleção brasileira e a federação de futsal do Rio de janeiro é a primeira federação do mundo na modalidade. O Rio de Janeiro precisa recuperar esse status de cidade formadora de craques, de cidade onde a modalidade é uma potência. Esse é um dos objetivos principais da nossa chapa, comenta Barbosa.

Barbosa e Bocão: paixão pelo futsal. Crédito: Divulgação

“Vamos buscar cuidar da federação e do futsal de uma forma que a modalidade merece, que o Rio de Janeiro merece. Nós precisamos resgatar o futsal do Rio de Janeiro e isso só será possível com uma federação forte, atuante e transparente”, destaca Octávio Bocão.

A chapa tem na ideia a cabeça de que é necessário, quase obrigatório, melhorar o produto para que ele se torne viável e atrativo para a comunidade, para que exerça seu papel de ferramenta de inclusão social. Desta forma é ainda mais possível viabilizar os grandes projetos de captação de investimentos na modalidade. Os cabeças de chapa têm no horizonte a necessidade de trazer a comunidade novamente para dentro dos ginásios nas disputas dos campeonatos.

Sem dúvida nós temos diversos projetos e compromissos com o futsal. Aumentar o número de participantes, melhorar a estrutura dos clubes e dos campeonatos, atrair investidores e patrocinadores, trabalhar com poder público em parceria, inserir projetos esportivos de captação de atletas, de promoção da prática esportiva e do futsal nas comunidades, gerando uma série de benefícios que estão interligados a atividades físicas. São projetos que já serão implementados nos primeiros meses de nossa gestão”, promete Barbosa.

“A gente quer que o torcedor saia de casa no Rio de Janeiro e veja jogos espetaculares, jogadores atrativos. Criar credibilidade de salonistas, clubes e federação. O mais importante neste desafio é a credibilidade, resgatar essa credibilidade. Nós temos um processo de evolução em termos de conceitos de planejamento e de propostas que serão sem dúvida pontos principais para que o futebol do Rio volte a ser gigante”, pontua Bocão.

Vasco campeão da Liga Nacional de Futsal em 2000: tempos de glória no Rio.
Crédito: Reprodução

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