O futebol do Brasil é diferente, é inigualável. Podem aparecer teorias fundamentadas para mostrar que não é o melhor, mas o esporte jogado por Vini JR, Neymar, Paquetá, Raphinha, Richarlison e cia é ímpar. Basta a Seleção Brasileira se distanciar do burocrático futebol europeu e se apegar às origens para performances como a do primeiro tempo nas oitavas de final da Copa do Mundo, contra a Coreia, nesta segunda-feira, aparecerem. No fim, 4 a 1 com muita dança, para o desespero de alguns europeus cintura dura.
O curioso é que nesta segunda-feira o Brasil inverteu a lógica da falta de efetividade nos primeiros tempos dos demais jogos e começou o jogo a mil por hora, sempre no uso de seus criativos e inspirados pontas – Vini JR e Raphinha.
Para o azar dos coreanos além da presença e boa atuação de Neymar, o jogo de uma peça específica encaixou de maneira que ainda não havia acontecido nesta Copa do Mundo. Lucas Paquetá fez o jogo fluir e foi premiado com um bonito gol em assistência de Vini JR.
O Brasil começou o jogo explorando a velocidade de Vini JR pela ponta esquerda, ávido por ver ser validado seu primeiro gol na Copa, já que teve anulado um lindo tento contra Suíça na segunda rodada. E a alegria não demorou a aparecer. Aos 6 minutos do primeiro tempo o garoto de ouro do Real Madrid completou boa jogada de Raphinha pela direita com um toque de categoria. 1 a 0 Brasil.
Com sede de mais dancinhas nas comemorações, o Brasil não baixou o tom e trabalhou para chegar ao segundo gol. Aos 12, Richarlison sofreu pênalti que Neymar cobrou com rara categoria, deslocando o goleiro coreano.
A seleção coreana parecia atordoada em campo e não conseguia demonstrar a calma característica de alguns confrontos da primeira fase. Do outro lado de campo, um esquadrão brasileiro mostrava que a orquestra está cada vez mais afinada e que gols eram questão de tempo e foram mais dois na primeira etapa.
Aos 28 minutos, Richarlison com a disposição característica brigou pela bola na entrada da área e depois de tabelar com Neymar recebeu livre para fazer o terceiro. Um belo gol, sem ser páreo para o voleio da primeira rodada da copa.
E pouco tempo depois, aos 35 minutos, um golaço que fez cair um cisco de nostalgia nos olhos dos torcedores do Flamengo. Jogada de Vini JR pela esquerda e cruzamento na medida para Lucas Paquetá completar de primeira no canto. Brasil 4 a 0 e mais dancinha na comemoração.
Nada de vira quatro termina oito. No segundo tempo o Brasil tirou o pé do acelerador e passou a cadenciar o jogo, talvez pensando no confronto futuro contra a Croácia. Tite não demorou para mexer no time e terminou o jogo com peças como Daniel Alves, Martinelli, Bremer e Rodrygo. Até o goleiro Weverton entrou, em uma merecida participação que deve ser a única na Copa.
Com o jogo em banho-maria a Coreia passou a ser um pouco mais perigosa e chegou ao gol de honra aos 30 minutos com Paik Seung-Ho. O coreano chutou de fora da área e contou com um desvio em Thiago Silva para ver a bola no fundo da rede.
O placar de 4 a 1 para o Brasil se manteve até o fim e deixou brasileiros animados com o que vem pela frente e os amantes do futebol frio estupefatos com cada dancinha que saiam dos pés dos garotos da seleção a cada gol marcado.
Na sexta-feira às 12h o Brasil enfrenta a seleção da Croácia pelas quartas de finais. A promessa é de um jogo muito mais encardido do que o desta segunda-feira. Mas a história do futebol brasileiro em copas mostra que para quebrar jogo duro europeu é necessário uma coisa: Fazer diferente.
Chave A
Holanda 3 x 1 Estados Unidos (Holanda classificada)
Argentina 2 x 1 Austrália (Argentina classificada)
Chave B
França 3 x 1 Polônia (França classificada)
Inglaterra 3 x 0 Senegal (Inglaterra classificada)
Chave C
Japão 1 x 1 Croácia (1×3 nos pênaltis – Croácia classificada)
Brasil 4 x 1 Coreia do Sul (Brasil classificado)
Chave D
06/12 – 12h – Marrocos x Espanha
06/12 – 16h – Portugal x Suíça
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