Em minha primeira coluna de 2025, pergunto aos leitores: – Quanto tempo temos? se é que ainda temos algum tempo; Tempo para ser feliz, sorrir, para terminar de escrever ou mesmo ler essa coluna, ao homem não foi dado saber o dia de sua morte nem tampouco como ele se dará, mas sabemos que um dia ela chegará pontualmente chegará.
Para alguns será prematura, ligeira (segundo nós mesmos) para outros mais longevos, chegará lentamente e sorrateiramente consumindo décadas durante as quais veremos dia após dia o vigor de nossa mocidade a independência e autossuficiente de nossa juventude a cada minuto a minuto se esvair (talvez pela doce mercê do destino) dando a esses a possibilidade de refletir sussurrando em seus ouvidos: para de fazer o mal pois seu dia chegará.
Não deveríamos perder nosso tempo sendo maus, falsos, injustos se nosso crepúsculo é inevitável, se nossa existência é efêmera. Porque nos achamos maiores ou melhores se ela, a morte a todos iguala? Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”.
Por mais perverso e opressor que seja o homem sua maldade não durará para sempre nem tampouco sua opressão sobre os mais fracos, pois assim afirma o Salmista “A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos”.
Chegamos à estação vida, nada mais trazemos conosco além de uma alma repleta de sentimentos: solidão, alegria, tristeza, esperança, inveja, ódio, rancor, paixão, amor. Neste hiato entre o início e o fim vamos experimentando um a um cada sentimento, uns sobrepondo-se aos outros, sentimentos fortes digladiando-se. Não deveríamos sucumbir aos maus sentimentos.
Durante a caminhada, tão curta que mais parece um lapso entre dois instantes, uma linha tênue, quase que um descuido do eterno tempo que não deixa de passar; um espaço entre dois momentos. No final do percurso, estamos cá de volta para partir, exatamente do ponto de chegada. Passou tão rápido, nem parece que foi uma vida, parece que foram apenas algumas semanas.
Em algumas fez sol, noutras chuva, frio fez bastante, dias de bonança também tiveram. Quando damos conta que o tempo finda, queríamos apenas mais umas semanas, para cuidar bem da nossa vida. Penso que deveríamos viver para deixar saudades, pois de certo temos apenas a morte. Afinal a o tamanho do homem em vida é diretamente proporcional ao vazio deixado com sua ausência. Você faz fará falta para alguém?
Professor Hélvio Costa é jurista e professor universitário
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