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Luta de Braço tem dia de masterclass na Lagoa

Evento na Lagoa reúne atletas em treinamento para o campeonato estadual de Luta de Braço, no próximo dia 18, na sede do Olaria

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06 de novembro de 2023
Vinicius
Luta de Braço tem dia de masterclass na Lagoa
Atletas de Luta de Braço em treinamento na Lagoa.

Poucas pessoas que já viram uma queda de braço, não imagina que esse é um esporte com muitos praticantes e que atrai pessoas de todas as idades. Seu nome oficial é Luta de Braço e reúne desde atletas jovens quanto os mais experientes. E o Rio de Janeiro se prepara para receber o campeonato estadual da modalidade, no próximo dia 18, no Olaria Atlético Clube, na zona norte da capital.

No fim de semana, a Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, foi palco do Masterclass, evento que contou com a participação do pentacampeão mundial de luta de braço, Fábio Manfrinato, que veio de São Paulo para prestigiar a competição em solo carioca. A reportagem do Conexão Fluminense esteve no evento realizado na zona sul.

O presidente da Federação de Luta de Braço do Rio de Janeiro, Rodrigo Kalebe, que pratica o esporte desde os 17 anos de idade, disse que iniciou sua carreira buscando campeonatos participar até se tornar presidente da federação. Ele diz que o Rio hoje possui mais de 60 atletas profissionais, cinco polos de treinamento e a ideia é fazer com que a modalidade avance mais.

O dirigente disse ainda que a modalidade possui técnicas bem específicas. “A luta é disputada em uma mesa que tem duas almofadas para cotovelos e duas para toque. Um pino para a pessoa apoiar a mão e poder lutar. Existe lutas específicas com braço esquerdo e outro com o braço direito. Sobre as categorias, aqui no Rio, são de dez em dez quilos: 80 kg, 90kg, 100 kg e acima de 100kg. Há ainda voltada para Portadores de Deficiência (PcD) e para o público feminino.

Sobre as regras ele explicou que há regras como: não poder levantar o cotovelo durante a luta, que configura falta, amarras as mãos dos lutadores em caso de falta de firmeza, entre outras. Por exemplo, o lutador não pode ter duas faltas na mesma luta senão sofre eliminação da luta.

Nos campeonatos, o lutador não pode perder duas lutas seguidas senão é desclassificado da competição. É considerado vencedor da luta quando a mão do adversário toca a almofada de toque ou passa da linha divisória da altura da almofada.

Federação de luta de braço busca parceria com o governo

Kalebe disse que o trabalho hoje está focado na disseminação do esporte, com práticas de lutas em espaços públicos, como a própria Lagoa Rodrigo de Freitas, ginásios esportivos entre outros. Ele explicou que o próximo passo agora é levar a exibição da luta de braço em shoppings centers, por possuírem uma elevada circulação de pessoas.

Presente ao Masterclass, Fábio Manfrinato explicou que pratica o esporte há aproximadamente 28 anos e disse que começou a praticar de forma profissional a partir dos 21 anos, mas desde a infância diz que possuía um talento especial para o esporte.

“Desde então fui ganhando, conquistando títulos paulistas e brasileiros, fiquei 13 anos invicto na minha categoria, que sempre foi uma categoria leve de 55kg e 60 kg e também sempre lutei de oito campeonatos mundiais, sendo campeão em cinco deles”, explicou.

Com toda sua experiência, Fábio disse que criou uma equipe de competição em sua cidade, que é em Bauru, no interior paulista e que formou atletas que chegaram a ser campeões paulistas e brasileiros.

Esporte como inclusão social

O lutador disse que a paralisia infantil que teve na infância não impediu que ele pudesse participar de forma profissional de competições e lutas e acrescenta que o esporte pode fazer a diferença na vida das pessoas. “Uma coisa que eu falo: o esporte é a melhor ferramenta de inclusão que existe”,a firmou ele.

Manfrinato disse que hoje viaja representando a confederação brasileira da modalidade. A ideia da entidade, de acordo com ele, é conseguir fazer com que a Luta de Braço consiga ser promovido a esporte paralímpico, o que poderá dar mais condições para que se torne modalidade olímpica depois.

“É isso que estamos tentando: mostrando o esporte a capacidade que tem de atender a todos as faixas etárias, desde jovens sem limite de idade”, disse ele.


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